Retira cada pedaço,
desabotoa os botões e arranca o orgulho,
raspando a vaidade e
perdendo a razão.
Retira-se a agonia,
lava-se o egoísmo, tranca a inveja.
Desliga o ciúme, descarrega o desespero,
risca o medo.
Derruba a raiva, despeja a angústia,
fura a preocupação, corta a vingança
Leve, simples ... nu
Des-cons-tru-í-do!
(NoeLLi Vairo)
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
DIAS
O vento balançava a cortina devagar
o sono vinha, mas os pensamentos a pertubavam
cansaço, confusão, dúvida
a alma pesada não a deixava flutuar
preocupação, dores, desgosto
o brilho da lua clareava o quarto,
mas a insatisfação impedia-lhe de enxergar.
Por entre os dedos impacientes
pingavam sua intensidade transbordante.
Vícios, agonia, desprazer.
O fluxo intenso,
a arte não acabada.
O céu.
A madrugada,
a insônia . . .
a perseguição,
do
sono.
. . . Dormiu.
Suas pálpebras se abrem lentamente, com timidez . . .
manhã,
calor,
olhares novos.
O sol brilha, e
o canto dos pássaros transcendem sua alma, e a fazem flutuar,
como nunca antes flutuára.
(NoeLLi Vairo)
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
O louco e suas vontades
Vontade de falar, mas não era ouvido,
Vontade de gritar, mas ninguém o escutava.
__ ''É o velho louco pronunciando palavras absurdas!''
__ ''Oh céus! Fechem suas portas!''
Abafavam o som,
suas unhas riscavam o couro cabeludo,
seus gritos viravam fumaça, que com o vento eram dissipadas rapidamente.
Ele precisava ser ouvido,
sua loucura precisava de atenção,
seus dedos tímidos queriam apontar
seus pés anseavam por um rumo.
Mas estava preso em si mesmo.
Da sua boca saíam palavras imensas e intensas,
Suas mãos machucadas buscavam um tocar.
__ ''Ele está gritando! Tapem os ouvidos! ''
__''Ele parece uma pessoa mamãe. Posso ir lá brincar com ele? ''
__''Corram crianças! É perigoso!''
__''Ele detém das palavras proibidas, ele diz coisas que não podem ser ouvidas.''
Preso em si mesmo.
Ele foge, corre, caí, cospe, corre,corre,corre...
É pego. É preso. É censurado.
Ele sorri, mas dos olhos saem lágrimas que escorrem desespero.
Ele quer gritar, mas seus gritos viram fumaça, que o vento insiste em dissipar rapidamente ...
(Noelli Vairo)
Vontade de gritar, mas ninguém o escutava.
__ ''É o velho louco pronunciando palavras absurdas!''
__ ''Oh céus! Fechem suas portas!''
Abafavam o som,
suas unhas riscavam o couro cabeludo,
seus gritos viravam fumaça, que com o vento eram dissipadas rapidamente.
Ele precisava ser ouvido,
sua loucura precisava de atenção,
seus dedos tímidos queriam apontar
seus pés anseavam por um rumo.
Mas estava preso em si mesmo.
Da sua boca saíam palavras imensas e intensas,
Suas mãos machucadas buscavam um tocar.
__ ''Ele está gritando! Tapem os ouvidos! ''
__''Ele parece uma pessoa mamãe. Posso ir lá brincar com ele? ''
__''Corram crianças! É perigoso!''
__''Ele detém das palavras proibidas, ele diz coisas que não podem ser ouvidas.''
Preso em si mesmo.
Ele foge, corre, caí, cospe, corre,corre,corre...
É pego. É preso. É censurado.
Ele sorri, mas dos olhos saem lágrimas que escorrem desespero.
Ele quer gritar, mas seus gritos viram fumaça, que o vento insiste em dissipar rapidamente ...
(Noelli Vairo)
domingo, 17 de agosto de 2008
O toque
Muito mais simples(ou complexo) do que o olhar,
o tocar é assim.
E muda todo o contexto.
(NoeLLi Vairo)
o tocar é assim.
E muda todo o contexto.
(NoeLLi Vairo)
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Interior
O ponto de equilíbrio entre o limitante, e o não limitante.
A vaga lembrança do passado, o ar que congela ao tocar a pele.
O vazio célebre e agoniante do gritar.
A voz, a visão, o intelecto.
O eu.
(NoeLLi Vairo)
A vaga lembrança do passado, o ar que congela ao tocar a pele.
O vazio célebre e agoniante do gritar.
A voz, a visão, o intelecto.
O eu.
(NoeLLi Vairo)
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